Educação e falta de apoio a pessoas vulneráveis VÍTIMAS DE ABUSO

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Antes de ler, por favor tenha atenção que o assunto pode provocar fortes emoções e sobrecargas emocionais.


𝗤𝘂𝗲𝗺 𝘁𝗶𝘃𝗲𝗿 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗲𝘀𝘀𝗲, 𝗽𝗼𝗿 𝗳𝗮𝘃𝗼𝗿 𝗹𝗲𝗿 𝗮𝗯𝗮𝗶𝘅𝗼 👇




















Depois de alguns meses, num “jogo de ping pong” onde uma entidade me reencaminhava para outra. Finalmente obtive algumas respostas, sobre a minha dúvida do porque nenhuma entidade escolar procurou saber:

1-𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘂 𝗯𝗿𝗶𝗻𝗰𝗮𝘃𝗮 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲 𝘀𝗼𝘇𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗼𝘂 𝗮𝗷𝘂𝗱𝗮𝘃𝗮 𝗮𝘀 𝗳𝘂𝗻𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮𝗿𝗲𝘀 𝗻𝗮 𝗹𝗶𝗺𝗽𝗲𝘇𝗮?

2-𝗣𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗲́ 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘂 𝗱𝗲𝗶𝘅𝗲𝗶 𝗮 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮 𝗲 𝗻𝗲𝗻𝗵𝘂𝗺 𝗽𝗿𝗼𝗳𝗲𝘀𝘀𝗼𝗿, 𝘀𝗲𝗿𝘃𝗶𝗰𝗼𝘀 𝘀𝗼𝗰𝗶𝗮𝗶𝘀,𝗲𝘁𝗰 𝗽𝗿𝗼𝗰𝘂𝗿𝗼𝘂 𝗱𝗲𝘀𝗰𝗼𝗯𝗿𝗶𝗿 𝗼 𝗺𝗼𝘁𝗶𝘃𝗼 𝗱𝗮 𝗮𝘂𝘀𝗲𝗻𝗰𝗶𝗮?

3-𝗢 𝗾𝘂𝗲 𝗳𝗼𝗶 𝗳𝗲𝗶𝘁𝗼, 𝗼𝘂 𝗾𝘂𝗮𝗹 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝘃𝗲𝗻𝗰𝗮𝗼 𝗱𝗲𝗽𝗼𝗶𝘀 𝗱𝗮 𝘁𝗲𝗻𝘁𝗮𝘁𝗶𝘃𝗮 𝗱𝗲 𝗵𝗼𝗺𝗶𝗰𝗶𝗱𝗶𝗼?! Sabendo também que sofria de epilepsia? 

𝗧𝘂𝗱𝗼.𝗲𝗿𝗮 𝘁𝗮̃𝗼 𝗰𝗼𝗻𝗳𝘂𝘀𝗼 𝗲 𝗱𝗶𝗳𝗶𝗰𝗶𝗹 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗺𝗶𝗺! Eu simplesmente, não entendia o porque?! 𝗣𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗺𝘂𝗱𝗮𝗻𝗰𝗮? 𝗣𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗳𝘂𝗶 𝗮𝗯𝘂𝘀𝗮𝗱𝗮 𝗲 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗲𝗾𝘂𝗲𝗰𝗶𝗮 𝗽𝗼𝘀 𝘁𝗿𝗮𝘂𝗺𝗮 𝘁𝗶𝘃𝗲 𝗲𝗽𝗶𝗹𝗲𝗽𝘀𝗶𝗮 𝗲 𝗻𝗮𝗼 𝗳𝗶𝘇𝗲𝗿𝗮𝗺 𝗻𝗮𝗱𝗮? Porque a minha mãe me obrigava a parar “𝗰𝗼𝗺 𝘁𝗶𝗾𝘂𝗲𝘀"? Porque eu tinha que me comportar de certa forma para ser aceite na sociedade? Porque é que me mandavam calar porque eu fazia muitas perguntas?  𝗣𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗺𝗲 𝗰𝗵𝗮𝗺𝗮𝘃𝗮𝗺 𝗱𝗲 𝗴𝗼𝗿𝗱𝗮 𝗼𝘂 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰𝗶𝘁𝗮? 𝗣𝗲𝘀𝗮𝗱𝗼? 𝗜𝘀𝘁𝗼 𝗲́ 𝘀𝗼 𝘂𝗺 𝗰𝗵𝗲𝗶𝗿𝗼 𝗱𝗮𝘀 𝗱𝗶𝗳𝗶𝗰𝘂𝗹𝗱𝗮𝗱𝗲𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗶𝘃𝗶𝗮! 

Segundo a coordenadora técnica da escola segundaria de Paredes, depois de uma mudança de cidades, frequentei somente o 1periodo do 7ano, reprovando por faltas. No ano seguinte voltaram a me matricular, reprovando outra vez por faltas e voltando-se a repetir a mesma situação no ano seguinte. 

𝗢𝘂 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗲𝘂 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗼 𝗳𝗮𝗹𝘁𝗮 𝗱𝗲 𝗲𝗻𝘁𝗲𝗻𝗱𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗼𝘂 𝗻𝗮𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗼𝘂 𝗮 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗿𝗲𝗲𝗻𝗱𝗲𝗿?! 

Depois de quase 3 anos consecutivos de faltas, no qual no segundo ano houve uma tentativa de homicídio, porque é que ninguém, procurou saber o porque dessas faltas? Que tipo de educação Portugal transmite e assegura as crianças? Porque existe dificuldades em fazer-se justiça? Porque ê que eu dirigi-me SOZINHA(aos meus 14/15anos depois de ser brutalmente espancada, no dia anterior no qual parti uma das minhas costelas partidas) a um posto de GNR alegando ser vítima de assédio sexual e violência doméstica e me mandaram fazer denúncia a procuradoria  de menores? Não era suposto a pessoa em questão tomar medidas directas? Porque é que, eu dirigi-me a procuradoria de menores e a resposta transmitida foi me deixada com sentimento de culpa e sem lógica?! 𝗦𝗶𝗺, 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗾𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗺𝗲 𝗱𝗶𝗿𝗶𝗴𝗶 𝗮 𝗲𝗹𝗲𝘀 𝗮 𝗿𝗲𝘀𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗳𝗼𝗶, 𝗲𝗿𝗮 𝘂𝗺 𝗽𝗿𝗼𝗰𝗲𝘀𝘀𝗼 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝗹𝗲𝗻𝘁𝗼, 𝘁𝗲𝗿𝗶𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗿 𝗲 𝘃𝗶𝘃𝗲𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗮𝘀 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗺𝗲 𝗺𝗮𝗹𝘁𝗿𝗮𝘁𝗮𝘃𝗮𝗺 𝗲 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲𝘁𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗷𝗮́ 𝘁𝗲𝗿𝗶𝗮 𝗮 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿 𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲?! Hoje vejo tao claramente o quanto isto tudo tem afectado a minha vida. Mas como dizem os ingleses: “𝗪𝗵𝗼 𝗰𝗮𝗿𝗲𝘀?".

Eu não consigo ter uma relação com ninguém, eu não consigo confiar em qualquer homem, eu não sou uma pessoa confiante e segura. ☹️Não consigo! Por mais, que tente entender, simplesmente não consigo! Talvez porque esteja recentemente sobre muita investigação de mim mesma, ou pelo facto de ter no momento muita responsabilidade com a minha filha e a descoberta de autismo. 

Só deixo aqui uma reflexão...no meu caso tive sorte que o meu irmão esqueceu-se das chaves em casa, naquele dia que tentei me suicidar. Me encontrando já no chão intoxicada chamou directamente a ambulância e hoje estou aqui a escrever a minha história. 𝗠𝗮𝘀 𝗲 𝗲𝗻𝘁𝗮𝗼? 𝗘 𝘀𝗲 𝗮𝗺𝗮𝗻𝗵𝗮 𝗳𝗼𝗿 𝗼𝘂𝘁𝗿𝗮 𝗰𝗿𝗶𝗮𝗻𝗰𝗮, 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗮𝘀 𝗺𝖾𝘀𝗺𝗮𝘀 𝗱𝗶𝗳𝗶𝗰𝘂𝗹𝗱𝗮𝗱𝗲𝘀 𝗲 𝗮𝗰𝗮𝗯𝗮𝗿 𝗽𝗼𝗿 𝗳𝗮𝗹𝗲𝗰𝗲𝗿? Sim, porque está comprovado que as crianças vulneráveis tem mais tendência a serem abusadas. 𝗦𝗲𝗿𝗮́ 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝘀 𝗰𝗼𝗶𝘀𝗮𝘀 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗺𝘂𝗱𝗮𝗿𝗮𝗺 𝗼𝘂 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗶𝗻𝘂𝗮𝗿𝗮 𝗱𝗶𝗮 𝗮𝗽𝗼𝘀 𝗱𝗶𝗮 𝗮𝘀 𝘃𝗶𝘁𝗶𝗺𝗮𝘀 𝘃𝗶𝗿𝗮𝗺 𝗰𝘂𝗺𝗽𝗹𝗶𝗰𝗲𝘀 𝗲 𝗮 𝗷𝘂𝘀𝘁𝗶𝗰𝗮 𝘃𝗶𝗿𝗮 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗲𝘀𝘀𝗲𝘀? Qual é os direitos humanos e das crianças? 


𝗦𝗲 𝗲𝘀𝘁𝗮́ 𝗮 𝗹𝗲𝗿 𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗺𝗲𝗻𝘀𝗮𝗴𝗲𝗺, 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗮 𝘀𝗶𝘁𝘂ç𝗮̃𝗼 𝗼𝘂 𝗽𝗮𝗶𝘀/𝗰𝘂𝗶𝗱𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗽𝗿𝗲𝗼𝗰𝘂𝗽𝗮𝗺-𝘀𝗲 𝗰𝗼𝗺 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺 𝘁𝗶𝗽𝗼 𝗱𝗲 𝗯𝘂𝗹𝗹𝘆𝗶𝗻𝗴 𝗲 𝗻𝗮𝗱𝗮 𝗲́ 𝗳𝗲𝗶𝘁𝗼, 𝗟𝗘𝗠𝗕𝗥𝗘𝗠-𝗦𝗘: não estam sozinhos! 

Se já tentou conversar com os professores, direção da escola e nada foi feito?! Segue abaixo detalhes para reclamação de educação ou abuso relacionado à educação em Portugal: 

Centro de Informação e Relações Públicas -CIREP

Av.ª 24 de Julho, n.º 148, 1350-346 Lisboa

Tel: 21 781 16 90

cirep@sec-geral.mec.pt

 

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